O governo Alckmin é uma sucessão de notícias ruins, especialmente na questão da segurança. Mas, agora, ele está prestes a anunciar uma boa notícia: os resultados de uma experiência educacional em sua gestão. E, certamente, uma notícia de repercussão nacional entre educadores.
No ano passado, ele testou um modelo de educação em tempo integral em 16 escolas. Nelas, além do currículo mais arejado e estímulo ao protagonismo dos alunos, os professores passaram a ganhar uma valor extra em seu salário ( 75%) com uma condição: deveriam ter dedicação exclusiva. Além disso, a escola tem o direito de remanejar os professores que não estejam funcionando de acordo com as expectativas.
Foi realizada uma avaliação no ano passado em que os alunos demonstraram uma expressiva --em torno de 40%-- de melhoria em português e matemática. Descobri que essa tendência se confirmou na prova de avaliação da rede estadual (Saresp), que será divulgada no final de março.
Neste ano, mais 69 escolas entrarão nesse sistema de educação em tempo integral --e, no próximo, mais 148 escolas.
Ainda falta muito, claro. Mas é uma luz no fim do túnel. Alunos que ficam mais tempo em sala de aula, currículo mais próximo do cotidiano, professores com salários melhores e com dedicação exclusiva. Some-se a isso avaliação do mérito do professor e os estímulos para que os alunos sejam protagonistas. Nessas escolas, as atividades culturais são comandadas pelos alunos, organizados em grêmios.
É o feijão com arroz que dá certo em qualquer lugar do mundo. O que tem de fazer é universalizar no Brasil.
fonte: Folha de São Paulo, 15/02/2013.
autor: Gilberto Dimenstein
URL: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/1231062-enfim-uma-boa-noticia-de-alckmin.shtml
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