16 de abr. de 2012

Virtualização acadêmica e profissional. Breves reflexões e algumas sugestões de um professor da Universidade Federal de Alagoas

Coloco à consideração de vocês este breve texto que senti vontade de escrever agora, no mes de abril, com algumas reflexões sobre nossa universidade e o papel que podem ter as tecnologias em alguns aspectos relacionados com as novas configurações de estudo e trabalho em redes.

A versão latino-americana do famoso relatório Horizon vaticinava que em 2010 as redes sociais e o trabalho colaborativo estariam entre as implementações que veríamos no curto prazo de um ano no contexto da educação. O relatório acrescentava que o conhecimento seria cada vez mais descentralizado, estaria na nuvem (da Internet)  e a tecnologia, além de ser um meio para capacitar às pessoas, também seria cada vez mais um meio de comunicação e de relacionamento, constituindo uma parte ubíqua e transparente de nossas vidas.

Realmente, neste período de quase dois anos temos visto como as redes sociais foram mudando e penetrando progressivamente em nossas vidas. Inicialmente, as considerávamos como de utilidade apenas para o lazer, mas aos poucos foram ficando mais presentes em nossas atividades acadêmicas e profissionais.  De fato, as formas de aprendizagem informais e não formais estão ocupando cada vez mais espaço junto com a aprendizagem formal, e as três já podem acontecer em qualquer momento e lugar.

Os que trabalhamos ou estudamos na UFAL também estamos imersos neste processo de mudanças tecnológicas e de hábitos, que às vezes passam imperceptíveis, mas estão aí. 

Daremos alguns exemplos.

Basta dar um passeio pela biblioteca central e perceberemos o ambiente produtivo existente nas salas centrais em que muitos alunos estão estudando com seus laptops ligados, redigindo textos ou preparando apresentações sobre temas das aulas que foram exigidos como tarefas. Aproveitam para isso a internet sem fio disponível. Também podemos ver como são acessados e baixados artigos desde o portal de periódicos CAPES e bases de dados disponíveis desde a sala de consulta habilitada para esse fim.    

Usuários da Biblioteca Central da UFAL estudando e utilizando a facilidade de acesso à Internet disponível (foto do autor).

Alunos também formam naturalmente comunidades nas redes sociais como Facebook ou Orkut onde discutem temas variados. Um funcionário alimenta uma comunidade que gosta de postar e intercambiar fotografias da cidade de Maceió. Pode não ser de nosso interesse imediato, mas aí está e provavelmente lembraremos dele quando precisemos de uma imagem da cidade ou de alguém que possa opinar ou dar uma palestra sobre o tema. Se não fosse porque está presente na rede, provavelmente não conheceriamos o que esse funcionário faz em seu tempos livres. 

Da mesma forma, os professores e pesquisadores se agrupam de forma informal (ou formal) constituindo redes de trabalho ou de aprendizagem. Muitos já devem saber que o Google plus é um exemplo de outra rede social em crescimento com possibilidades de uso pedagógico.

Por outro lado, de forma cada vez mais natural e frequente participamos em palestras e encontros virtuais com pesquisadores e professores de outras partes do mundo, com o objetivo de apresentar e intercambiar conhecimentos e com possibilidades de conversar e interagir entre todos. Depois, com o intuito de sumarizar os principais pontos tratados nesses encontros e favorecer a disseminação desse conhecimento, muitas vezes repassamos quase instantaneamente a informação obtida, utilizando para isso os vídeos gravados na hora ou documentos de texto criados em Google Docs de forma colaborativa entre os participantes.

Outro sinal é como, de uma forma modesta ainda, professores e pesquisadores da UFAL estão participando naturalmente  em redes científicas internacionais não formais e de caráter multidisciplinar. Em 23 de março deste ano estavam registrados na incipiente rede Research Gate (http://www.researchgate.net),  cento e dezesseis docentes da nossa universidade. Outra rede social relativamente nova é Academia.edu (http://www.academia.edu), com cento e vinte e cinco participantes de nossa universidade na mesma época. Além dos interesses específicos de cada um em suas respectivas especialidades, poderia ser bem possível utilizar possibilidades de interação como essa para tratar de temas de interesse comum em nossa instituição ou simplesmente para tomar conhecimento das pesquisas dos outros docentes. Na vida acadêmica, não é incomum que não tenhamos conhecimento das últimas pesquisas e preocupações acadêmicas de nossos colegas, mas poderiam ser encontradas muitas áreas de interesse ou de utilidade entre os pesquisadores de uma universidade ou região, independentemente da especialidade de cada um.

Cada um de nós pode ir montando seu próprio Ambiente Pessoal de Aprendizagem (conhecido pela sigla de PLE em inglês) em que redes sociais, blogs, wikis e microblogging, junto com o etiquetado social, formariam parte das ferramentas que podemos configurar e otimizar para que trabalhem em conjunto de forma a conseguir filtrar, canalizar e organizar para nosso proveito pessoal e de outros,  esse crescente fluxo de informação.

É verdade que em termos acadêmicos não podemos ser meros expectadores  e usuários das possibilidades técnicas que vão surgindo, mas também deve haver uma política institucional de apoio tecnológico e de reflexão permanente para facilitar esse trabalho e procurar ações e estratégias de melhoria e crescimento permanente.
(imagem criada pelo autor)

É por isso que neste texto quero ir um pouco além desta breve apresentação e gostaria de comentar sobre alguns interesses e tendências que poderia haver em comum no setor acadêmico da nossa universidade, de forma que possa ser estimulada uma colaboração e intercâmbio de conhecimentos em um nível superior à especialidade que temos ou o setor em que trabalhamos, facilitado pelo uso cada vez mais colaborativo e intenso da internet e das tecnologias.

De início, é uma necessidade que em curto prazo exista uma maior cobertura de internet sem fio e considero que não é difícil de instalar na Universidade Federal de Alagoas essa base necessária.

Aquele ambiente de produtividade observado na biblioteca que citei acima me faz pensar que se temos no campus zonas de Wi-fi abrangentes e operativamente eficientes, já estaria o caminho preparado para mudar as práticas docentes e discentes, acredito que para melhor.

Em outra ordem de coisas, o que é possível fazer em matéria de formação, interação e desenvolvimento acadêmico e pessoal no trabalho com as TIC?   

São necessários cursos de treinamento gerais e específicos, e nesse sentido a CIED avança nas novas propostas formativas, mas também devem ser criadas oportunidades para que essa formação não seja apenas de forma vertical e pontual, pois não é necessariamente através de um curso curto que a pessoa terá o domínio de uma determinada ferramenta e sua devida possibilidade de aplicação. No meio virtual, principalmente nos ambientes da web 2.0, muita coisa se aprende de forma informal, por imitação ou também apenas quando chega o momento ou se sente a necessidade de colocar em funcionamento alguma ferramenta para resolver alguma necessidade específica. O conhecimento necessário  pode ser obtido também através da discussão e interação entre docentes que já tiveram essa necessidade e acumularam experiência anterior nesse sentido, sem deixar de considerar também a possibilidade de apresentar e discutir casos variados considerados de boas práticas.

Em outras palavras, devem ser criadas oportunidades para uma interação horizontal, livre e contínua entre os docentes e não apenas a oferta de cursos verticais e específicos de treinamento que não asseguram necessariamente a continuidade do processo formativo.

A maturidade no uso das tecnologias em uma universidade pode ser medido pela capacidade de crescimento, de adaptação e de inovação, mas também é necessário o estabelecimento de canais de diálogo entre a instituição e todos seus participantes em matéria de tecnologias e processos mediados por elas (MARSHALL, 2012).

O conhecimento das tecnologias é necessário, sem dúvida alguma, isso é o básico do básico, e além de que sempre será em diversos níveis de aproveitamento, mas também poderíamos e deveríamos mudar um pouco o foco e pensar em TAC (Tecnologias para Aprendizagem e Conhecimento) em lugar das TIC, ou seja, devemos mudar de uma visão tecnológica, instrumental, para uma visão mais pedagógica e equilibrada, pois o processo pedagógico pode ser ainda mais importante que o primeiro, já que as tecnologias mudam constantemente.

Nesse sentido, acredito que, além de reforçar o uso do Moodle para cursos fechados, em todos os níveis, como já é feito até agora,  seria muito conveniente criar também em nossa universidade uma outra base consistente para a interação formal e informal dos docentes, e deles com seus alunos, o qual poderia ser por meio de uma plataforma institucional que seja polivalente, no estilo da plataforma Stoa, da Universidade de São Paulo (http://stoa.usp.br) , que ajudaria os docentes para divulgar e mostrar seus resultados acadêmicos, aumentando sua visibilidade, e também permitiria um intercâmbio maior entre eles, favorecendo a aparição de comunidades e facilitando a experimentação com outros tipos de práticas e metodologias mais condizentes com a filosofia da web 2.0.  

Stoa. Plataforma polivalente e colaborativa da USP

Essa padronização de possibilidades com várias ferramentas ou possibilidades de trabalho e colaboração reunidas em uma plataforma única considero que não  significa necessariamente trazer uma padronização ou recorte nas práticas e possibilidades dos docentes, tudo o contrário, facilitaria o trabalho acadêmico, além de fortalecer a interação e a imagem institucional na prática.            

O conhecimento tecnológico, pedagógico e de conteúdo (CTPC em português ou TPSCK em inglês) pode ser um construto de valor que guie nossa formação e reflexão sobre uso e compreensão do potencial pedagógico das tecnologias (GRAHAM; BORUP; SMITH, 2012), e em sentido geral acredito que a metáfora da aquisição de conhecimentos, comumente presente em nossos afazeres pedagógicos, deverá ser vinculada à metafora da participação (SFARD, 1998). Se a primeira enfatiza o movimento interior do objeto, que é conhecido como conhecimento, a segunda metáfora (MP) enfatiza as caraterísticas comuns das partes na sua relação com o todo. 

Docentes e alunos são entendidos como sujeitos adscritos a uma comunidade específica e participantes ativos do processo, por isso a metáfora da participação. As duas metáforas não deveriam ser pensadas separadas uma da outra.

 [imagem tomada de Xarxa.tic]

Até aqui tratamos sobre a necessidade de fortalecer as competências digitais dos participantes e de assegurar um uso mais abrangente e aberto das tecnologias em toda a universidade, mas gostaria de comentar, por último, que  deveria haver também uma política institucional para divulgação de publicações acadêmicas. Um caminho importante pode ser instaurado com o uso extensivo de uma plataforma padronizada de revistas eletrônicas e abertas, como é o caso do Open Journal Systems (OJS), cada vez mais utilizado em universidades brasileiras e do mundo todo para concentrar as publicações periódicas produzidas.

Deve-se reforçar nesse mesmo sentido a produção e divulgação científica de textos de assuntos diversos e de interesse para a sociedade em geral. Seria muito recomendável a presença de uma revista mais abrangente e multidisciplinar para canalizar esse tipo de textos, a exemplo de como já é feito em outras universidades que mantém esse tipo de publicação. Agora bem, divulgação não está apenas limitada ao material textual, pois suportes áudio-visuais podem exercer o mesmo papel de forma paralela ou complementar. Canais de podcast ou de vídeos sobre temas diversos podem ser de utilidade e é uma tendência na distribuição de conteúdos acadêmicos e divulgação de conhecimento, como fazem alguns projetos colaborativos no mundo fora: Connexions (http://cnx.org) ou The Faculties (http://www.thefaculties.org), por apenas mencionar dois exemplos.  Mais que pensar em projetos individuais ou isolados, é bom levar em consideração que existe um portal nacional, o Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br) ,  que bem poderia agrupar os esforços de colaboração feitos pelas universidades brasileiras em caso de que eles fossem direccionados para os conteúdos escolares da educação básica.      

Até aqui tentei colocar algumas ideias acerca de várias ações que  poderiam ser realizadas em matéria de tecnologia para estimular a criação de comunidades internas e a participação nelas, o qual fortaleceria a posição e imagem de nossa universidade como lugar de ensino, pesquisa e extensão.

Para finalizar acrescentarei algumas poucas referências e sugestões de leitura que podem ser úteis e talvez possam servir de base para uma maior compreensão dos fenômenos em que estamos imersos e das possibilidades ou necessidades de atuação.  Uma discussão e análise mais aprofundado de cada elemento fuge do objetivo de divulgação inicial e estimulo à reflexão que foi o propósito deste texto, mas continua sendo necessário no futuro próximo.

Referências

ALA-MUTKA, Kirti. Mapping Digital Competence Towards a Conceptual Understanding. European Comission/Joint Research Centre Institute for Prospective Technological Studies. Sevilla, 2011. Disponível em: http://ftp.jrc.es/EURdoc/JRC67075_TN.pdf [Esse documento foi enriquecido posteriormente com reflexões produzidas por outros, como é o caso de REIG, Dolors. Aprendizaje y evolución de lo tecnosocial. El Caparazón, 7 de marzo de 2012. http://www.dreig.eu/caparazon/2012/03/07/aprendizaje-tecnosocial Isso não é um exemplo de construção colaborativa do conhecimento? ]

GARCÍA, I. et al.. Informe Horizon: Edición Iberoamericana 2010. Austin, Texas: The New Media Consortium, 2010. Disponível em: http://www.nmc.org/pdf/2010-Horizon-Report-ib.pdf

GONÇALVES, Adriana Aguilera; CARELLI, Ana Esmeralda; CICON, Claudia Regina; GIORDANO, Lúcia Regina Marques. Contribuições dos colégios invisíveis e dos blogs na disseminação e compartilhamento do conhecimento científico.. In: Anais do IV Seminario em Ciência da Informação. Londrina: UEL, 2011. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/secin/ocs/index.php/secin2011/secin2011/paper/viewFile/60/12

GRAHAM, C.R.; BORUP, J.; SMITH, N.B. Using TPACK as framework to understand teacher candidates`s tecnhnology integration decisions. Journal of Computer Assisted Learning, 2012 . Disponível em: http://www.mendeley.com/download/public/2195651/4066874092/0ef5970e910fffc4143a4f090e7abe9de6e51cac/dl.pdf

LIN, Janet Mei-Chuen; WANG, Pei-Yu; LIN, I-Chun.  Pedagogy * technology: A two-dimensional model for teachers’ ICT integration. British Journal of Educational Technology, v. 43, n. 1, p. 97–108, 2012. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8535.2010.01159.x/pdf

MARSHALL, Stephen. Improving the quality of e-learning: lessons from the eMM. Journal of Computer Assisted Learning, 28, p. 65-78, 2012. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2729.2011.00443.x/pdf

PAIVA, Vera Menezes de O. Ambientes virtuais de aprendizagem: Implicações epistemológicas. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 353-370, dez. 2010. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/edur/v26n3/v26n3a18.pdf

SFARD, Anna. On two Methaphors for Learning and the Dangers of Choosing Just One. Educational Researcher, v.27, n. 2, p. 4-13, Mar., 1998. Disponível em: http://people.ucsc.edu/~gwells/Files/Courses_Folder/ED%20261%20Papers/Sfard_ER1998.pdf

SIEMENS, George. Knowing Knowledge beta, 2006. Disponível em: http://www.elearnspace.org/KnowingKnowledge_LowRes.pdf [há também uma versão em espanhol: Conociendo el conocimiento. Ediciones Nodos Ele, 2010. Disponível em: http://es.scribd.com/doc/64151487/Siemens-Conociendoelconocimiento ]

11 comentários:

Jor disse...

Hola, Gonzalo!

Muy oportuno e interesante todo lo que comentas. Especialmente lo referido a las Políticas Institucionales en ese tema.

Espero que en breve la UFAL cuente con un sistema efectivo de Wi-fi, tan importante para los alumnos, profesores y todo el ámbio académico.

Un saludo

Gonzalo Abio disse...

Achei muito interessante este artigo que de alguma forma enriquece o que estamos aqui falando.
Educação legendada. O Alô, professor conversou com o criador do portal que traduz aulas das melhores universidades do mundo e as disponibiliza gratuitamente na internet.
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2012/04/educacao-legendada

Gonzalo Abio disse...

Mais uma notícia interessante sobre redes horizontais entre professores:

Comunidade virtual reúne 1,9 milhão de professores
Site da 'Times' dá acesso a mais de 300 mil materiais didáticos feitos pelos próprios docentes
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,comunidade-virtual-reune-19-milhao-de-professores,869875,0.htm

Gonzalo Abio disse...

A Universidade Estadual Paulista lançou no dia 14 de junho o Projeto Unesp Aberta, que disponibiliza pela internet disciplinas livres como oportunidade de aperfeiçoamento de professores nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas.
A iniciativa oferece gratuitamente materiais didáticos digitais dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Unesp elaborados em parceria com o Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da universidade.
Entre os materiais disponíveis na Unesp Aberta estão mais de 17 mil itens educacionais, como mapas, imagens, softwares e animações, 300 videoaulas, 300 textos e 138 livros digitais do selo Cultura Acadêmica, além do acervo da Biblioteca Digital – que reúne material pertencente ao sistema de bibliotecas da Unesp e de seus centros de documentação.
O acervo contempla ainda o material dos cursos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e de cursos presenciais da Unesp que também utilizam as tecnologias digitais.
As disciplinas livres disponibilizadas integram a Rede São Paulo de Formação Docente (RedeFor), convênio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com Unesp, Universidade de São Paulo e Universidade Estadual de Campinas para dar cursos de pós-graduação a professores da rede pública do Estado.
O projeto da Unesp prevê as inclusões de versões em inglês e espanhol, bem como a incorporação de recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. O acesso ao material não dá direito a qualquer tipo de certificação de conclusão ou apoio educacional.
http://www.unesp.br/unespaberta

Gonzalo Abio disse...

Mais uma notícia sobre projetos de colaboração acadêmica em universidades brasileiras: "Projeto que estimula colaboração acadêmica no ambiente digital será lançado este mês na UFMG" (3/10/2012) https://www.ufmg.br/online/arquivos/025726.shtml

Gonzalo Abio disse...

REBIUN (2010). Ciencia 2.0: aplicación de la web social a la investigación.
http://eprints.rclis.org/bitstream/10760/3867/1/Ciencia20_rebiun.pdf

Gonzalo Abio disse...

http://www.eaulas.usp.br/portal/home
http://unesp.br/unespaberta
http://univesptv.cmais.com.br/

Gonzalo Abio disse...

Monográfico "La informalización de la educación" RUSC, v. 10, n 1, enero 2013. http://rusc.uoc.edu/ojs/index.php/rusc/article/download/v10n1-sangra-wheeler/v10n1-dosier-es

- Nuevas formas de aprendizaje informales: ¿O estamos formalizando lo informal? 107-115 Albert Sangrà y Steve Wheeler
- Apoyar el desarrollo profesional continuo del personal académico a través del intercambio de experiencias 116-134 Josianne Basque
- Más allá de la torre de marfil: un modelo para potenciar las comunidades de aprendizaje informal y desarrollo mediante prácticas educativas abiertas 135-150 Tony Coughlan y Leigh-Anne Perryman
- Nuevas líneas de aprendizaje: potenciar el uso de recursos educativos abiertos para reforzar la educación no formal 151-169 Dr. Don Olcott, Jr
- Profesionalización docente en la universidad: implicaciones desde la formación 170-184 José Tejada Fernández

Gonzalo Abio disse...

Alexandra Okada faz uma boa diferenciação entre o passado, presente e futuro da co-investigaçao e co-aprendizagem. OKADA, Alexandra. Ambientes Emergentes para coaprender e co-investigar em rede http://oer.kmi.open.ac.uk/?wpdmact=process&did=Mi5ob3RsaW5r

Gonzalo Abio disse...

Lamentavelmente, a pesar de fazer parte das promessas de campanha do reitor atual, quatro anos atrás, apenas agora, uma semana antes das eleições do novo reitor ou reitora, é que tivemos acesso à Internet via wi-fi, pelos menos nas salas de aula das unidades que eu frequento. Isso mostra que, a pesar da "crise", implementar essa solução não era muito difícil, era mais uma questão de boa vontade, na minha opinião.

Gonzalo Abio disse...

Umas reflexões sobre Academia.edu e o crescimento do número de citações. Vejam: Seu artigo terá mais citações se publicado em Acesso Aberto? SciELO em Perspectiva, 21 jan. 2016, http://blog.scielo.org/blog/2016/01/21/seu-artigo-tera-mais-citacoes-se-publicado-em-acesso-aberto/